Bom dia pessoal,
Depois de mais de duas semanas sem posts, finalmente voltamos com o post final da viagem do irmão e da cunhada do Fábio à Costa Rica e ao Panamá. Hoje falaremos da conturbada volta ao Panamá, bem como os dias de estadia nas paradisÃacas ilhas de San Blas.
Bom, após não conseguirem embarcar para o Panamá no dia 21 de abril, e dormirem no hotel praticamente anexo à rodoviária, o embarque de volta para o Panamá aconteceu no dia seguinte, dia 22, exatamente ao meio-dia. No trajeto acabaram conhecendo um brasileiro de Santos que já estava há várias semanas passeando pela América Central.
A refeição foi por volta das 16h num buffet que não é self-service, e sim parecido com aqueles buffets de prisões de filmes americanos, onde pessoas colocam o que você quer no prato. Além de ser cara (US$15 por pessoa), a comida não era das melhores.
Perto das 18h, eles chegaram na fronteira com o Panamá, onde fez-se necessário o carimbo no passaporte para confirmar a saÃda da Costa Rica. E então veio a surpresa nem um pouco agradável: o passaporte não havia sido carimbado no momento da entrada na Costa Rica. A mulher da imigração, completamente grosseira e sem nenhuma educação, simplesmente falou que não poderia fazer nada e que eles deveriam resolver a situação no lado do Panamá.
Numa fronteira escura e perigosa, certamente foi o momento mais tenso da viagem, apesar do policiamento constante na região. Após muita insistência dos dois, e do pessoal do lado do Panamá ir e voltar 2 vezes (onde se entendeu que era uma tentativa de deixá-los desesperados e “molhar a mão” da imigração para “acelerar” o processo), se chegou a uma solução: carimbaram CANCELADO em cima do registro de saÃda do Panamá, ou seja, ficou como se eles nunca tivesse sequer saÃdo do Panamá.
Apesar de possuir quartos privativos (US$30 para o casal), não haviam vagas disponÃveis. Optou-se então pelo quarto coletivo (US$13 por pessoa), onde é basicamente um recinto com diversas camas/beliches e com banheiro externo. A diária ainda incluÃa um simples, porém saboroso café da manhã, com café, panquecas e bananas, acompanhados de uma cobertura especial denominada Maple Syrup (bastante utilizada nos EUA), uma espécie de mel mas não tão saborosa.
Após dormirem menos de 2h, acordaram perto das 06h para tomar o café da manhã, que fica numa área também comunitária onde cada um monta a sua panqueca, lava a sua louça, etc. Existem também geladeiras compartilhadas onde as pessoas guardam as suas comidas para prepará-las depois. A vibe do Hostel era impressionante, com uma interação incrÃvel entre os hóspedes e respeito mútuo entre as partes.
Perto das 09h, rumaram ao grande shopping da cidade: o Albrook Mall, que possui mais de 700 lojas e abria às 09h. O shopping possui lojas de várias marcas (Nike, Adidas, Abercrombie, Hurley, Billabong, além das renomadas Channel, Dolce & Gabanna, Ray-Ban, etc). A praça de alimentação possui uma enorme variedade, com praticamente todas as grandes redes americanas de fast-food, além de outras locais. Os preços das lojas são mais baratos que os praticados no Brasil. O custo do táxi do Hostel ao Shopping (ida e volta) saiu entre US$6 e US$8.
Após passarem praticamente o dia todo no shopping, voltaram ao Luna’s Castle no final da tarde, realizando por ali mesmo a reserva para a visita ao arquipélado de San Blas, que fica no sul do paÃs, e é basicamente um conjunto de ilhas “comandado” pelos moradores locais mesmo, onde os turistas ficam hospedados numa ilha onde são tratados pelos moradores, também conhecidos como Kunas, uma espécie indÃgena de lá. A ilha escolhida foi a ilha Ina’s, principalmente por causa do sossego (é uma das menores ilhas do arquipélago, tem no máximo 10 cabanas para hóspedes).
No dia 24 de abril, à s 05h30, pegaram uma 4×4 até o cais de onde sairia o barco (próximo à s 08h). O caminho é tortuoso cheio de subidas e descidas Ãngremes, o que certamente explica porque o trajeto tem que ser feito por uma 4X4. A chegada na ilha foi próximo das 10h30. No trajeto entre o cais e a ilha, chamaram a atenção do Júnior por estar tirando fotos da paisagem, pois a região ali é bastante utilizada para tráfico proveniente da Colômbia, e tirar foto deles certamente não é uma das melhores idéias que se pode ter em mente.
O custo do transporte (feito por uma 4X4) do hostel ao cais, e a travessia de barco, saiu por volta de US$95 por pessoa. A hospedagem na ilha (que depende em qual ilha você ficará) saiu por US$25 por pessoa, com 3 refeições inclusas.
Num ambiente bem familiar e acolhedor, com refeições generosas e um estilo de vida muito simples, a ilha Ina’s até possuÃa um gerador de energia (algumas ilhas não possuem). Porém num lugar desses, a última coisa em que você vai pensar é em energia para ligar dispositivos eletrônicos: o importante aqui é curtir o local. A única utilidade da energia foi recarregar a bateria das câmeras.
No dia seguinte, acordaram cedo para aproveitar o café da manhã (bastante simples, um pedaço de queijo, com um pequeno pão e margarina, acompanhados de uma xÃcara de café). Conforme o combinado, à s 09h partiram para o passeio, que incluÃa três sessões de snorkelling em vários recifes de ilhas localizadas à 01h30 do local em que estavam. O mergulho feito por lá foi bastante parecido com o feito lá em Bocas del Toro, recheado de cores dos peixes e dos corais. A parte diferente foi a visualização de um peixe dragão e de um pequeno tubarão. Ficaremos devendo as fotos, pois foram feitos apenas vÃdeos embaixo da água.
Além das sessões de snorkelling, o passeio passava por diversas ilhas, uma mais bonita que a outra. Em algumas, sequer vegetação existia, sendo apenas um “monte†de areia.
No dia 26 de abril, sexta-feira, o penúltimo em solo estrangeiro, o dia começou com um café da manhã na ilha (panqueca e café). Às 08h30 partiram rumo ao continente, chegando lá à s 10h, e tendo que esperar cerca de 45min até que o 4X4 os viesse buscar para levá-los ao Hostel Luna’s Castle. A chegada ao hostel foi perto das 13h, e assim que chegaram ao mesmo, saÃram para a região ali próxima (Casco Viejo), para comprar principalmente alguns souvenirs e passear por mais dois shoppings da região (Multicentro e Multiplaza, este último frequentado pela alta sociedade panamenha). Como o tempo era curto e algumas compras já haviam sido feitas na visita ao Albrook Mall, foi mais um passeio do que propriamente uma “ida à s compras”.
No sábado, dia 27, a saÃda do Luna’s Castle foi em torno das 08h30. Por US$24 pegaram um táxi até o aeroporto, onde à s 11h55 embarcaram com destino à Guarulhos.
Um detalhe importante: apesar do turismo na Costa Rica ser muito mais divulgado e famoso aqui no Brasil do que o turismo no Panamá, se fosse para escolher entre voltar para a Costa Rica ou o Panamá, a escolha seria com certeza o Panamá.
E assim terminamos mais um relato de viagem aqui no Alfa Dicas de Viagens. Esperamos que todos tenham gostado e tenham ficado interessados em conhecer estes dois paÃses da América Central, destinos pouco divulgados por aqui, mas com uma beleza, principalmente natural, indescritÃvel.
Um abraço e até a próxima 🙂
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