Atividades em montanha, trekking, escaladas e caminhadas estão sendo cada vez mais procuradas por pessoas que querem sair um pouco da rotina de trabalho, casa, trabalho. Além de ser um excelente exercÃcio fÃsico o contato com a natureza, superar medos e desafios faz essa uma atividade prazerosa e que vem tendo cada vez mais adeptos.
 Pico Paraná – 1877m
Porém, essas atividades devem ser feitas com os equipamentos necessários e com pessoas que conhecem o local ou tenham noção de atividades externas.
O Pico Paraná é a montanha mais alta da região sul do Brasil e fica localizada entre as cidades de Antonina e Campina Grande do Sul, no Paraná, próxima a capital Curitiba. O acesso é feito pela Rodovia Régis Bitencourt, que é o principal acesso do sul ao sudeste, em direção a São Paulo. Se você estiver vindo do sul para o norte, o acesso é feito por uma estrada de terra poucos metros antes da ponte, ao contrário, vindo de São Paulo, o acesso é logo depois da ponte, em uma estrada de terra que irá passar por baixo da ponte, as é bem perto da ponte mesmo, cerca de 5m, então preste atenção para não passar a entrada, como eu fiz, rss. O Google Maps consegue traçar certinho a rota para chegar na Fazenda Paraná, que é o ponto de partida para a trilha, aqui nesse link tem o ponto de saÃda da rodovia e caminho até a fazenda.
A Fazenda Pico Paraná é o ponto de partida para a trilha. Nela você poderá estacionar os carros e pagar a taxa de acesso, que é de R$10,00 (das 07h as 18h) e R$15,00 (das 18h as 22h). Importante, fora desses horários não é permitido a entrada na trilha. Você pode ter mais informações no site da Fazenda (http://fazendapicoparana.altamontanha.com/).
Acesso a Fazenda
SaÃmos de Joinville as 5h30 em direção a Curitiba, pela BR101, antes de São José dos Pinhais pega-se o acesso que vai para São Paulo, e segue pela Rodovia Regis Bitencourt até a entrada da Fazenda, que de Joinville dá 180Km e tem 3 pedágios (R$1,80) cada. Chegamos na Fazenda as 8h00, pagamos a taxa, assinamos o livro de acesso e nos preparamos para começar a caminhada as 8h30. O tempo de caminhada varia de acordo com a velocidade do grupo, mas geralmente é de 6 a 8 horas.
Placa Descritiva no Começo da Trilha
O primeiro trecho de caminhada é tranquilo, com a trilha bem aberta e demarcada com uma leve inclinação, até chegar no primeiro marco, a Pedra do Getúlio. Desse ponto, quando o dia está aberto, que não foi o nosso caso na subida, dá para ver a Represa do Capivari ao fundo.
Pedra do Getúlio lá em cima
Após esse ponto, a trilha fica um pouco mais fechada, mas sempre bem demarcada, é difÃcil errar ou se perder se não sair do caminho principal. Depois se encontra a divisão da trilha para quem segue para Caratuva, outra montanha da região ou Pico Paraná. Nos baseamos nos pontos de referência nesse track do Wikiloc (http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=5071471)
Bifurcação para Caratuva
Na sequencia da trilha temos o primeiro ponto de água, a bifurcação para Itapiroca, também orientada com placa, o segundo ponto de água, o terceiro ponto de água (Que não estava mapeado no Track) e o ponto de acampamento 1. Até o ponto de camping 1 dá mais ou menos 6km de caminhada desde o inÃcio.
Primeiro Ponto de Ãgua e Bifurcação Itapiroca
Acampamento 1 – Comporta de 4 a 7 Barracas
Depois do acampamento 1 caminhando mais aproximadamente 1 hora chegasse no ponto mais complicado da trilha, o Paredão! O paredão é um trecho onde é necessário “escalar” um trecho em rocha e depois subir na parede de pedras através de uma escada feita com grampos de metal. Não é nada muito complicado, mas por estar em um lugar alto e ser uma parede praticamente 0 graus, assusta um pouco. Outro fator que dificulta é a mochila cargueira que geralmente é pesada e atrapalha na subida. Como dica, se tiver no grupo pessoas com dificuldades ou medo de altura é interessante levar uma corda fina para puxar as mochilas para cima, assim as pessoas podem subir sem elas, ficando mais fácil.
Paredão
Depois do paredão temos uma caminhada de mais uma hora até o acampamento 2, atrás do paredão. Neste ponto cabem bastante barracas, no dia que fomos tinha umas 10 armadas e tem espaço para mais algumas. Aqui tem um ponto de água também, para chegar até ele você deve localizar a casa de pedra e seguir uma trilha a direita, em uma segunda bifurcação a direita novamente e chegasse a água. No dia que fomos tinha bem pouca água saindo, mas deu conta de abastecer todo mundo sem problemas.
Ponto de Ãgua no Acampamento 2
Chegamos no acampamento 2 por volta das 16h00 e decidimos que não iriamos até o cume no sábado, uma por estarmos cansados e outra porque o tempo estava fechado e não Ãamos ver nada lá de cima. O assunto principal no acampamento, conversando com os outros grupos era sempre o Paredão, e todos pensando no dia seguinte em como descer, rss. Na noite que fomos a lua estava cheia, e ia ter o evento da super lua, mas o clima não ajudou muito.
Acampamento e a Super Lua
Na manhã seguinte o objetivo era acordar cedo para ver como estava o tempo, se tivesse limpo a ideia era subir até o cume, mais ou menos 1 hora de caminhada, sem as mochilas cargueiras. Como o céu estava limpo e parecia que ia abrir saÃmos do acampamento as 6h10 em direção ao cume. A trilha até lá é um pouco técnica em alguns pontos com grampos semelhante ao paredão. Também tem alguns pontos que você anda do lado do penhasco, ou seja, para quem tem medo de altura, não é muito recomendado. Se bem que se passou pelo paredão, vai conseguir chegar ao cume. Nessa parte da trilha você anda em cima da crista da montanha, em direção ao topo, é no mÃnimo interessante perceber onde você está. Na foto abaixo se der zoom você consegue ver onde passa a trilha até o cume.
Vista de longe do Pico Paraná
Ao chegar no topo você é recompensado com uma vista 360º incrÃvel de toda a região, que compensa todas as horas de caminhada até lá. Não deixe de assinar o livro do cume e ver o marco da UFPR de marcação do ponto mais alto a 1877m de altitude. Confira as fotos abaixo:
Rumo ao topo!
No Cume do Paraná – 1877m
Depois de chegar ao topo voltamos para o acampamento para desmontar as barracas e começar a volta, com o tal paredão na cabeça para descer. No fim das contas foi tranquilo, descemos as mochilas mais pesadas com corda ou nas costas e deu tudo certo. Demoramos 6h30 para voltar, praticamente o mesmo tempo de ida. Obrigado aos que foram comigo, Renato, Cláudia e Lucia. Rumo a próxima montanha!