Olá pessoal,
Depois dos três posts falando de nossa estadia em Atenas, hoje é dia de falarmos um pouco do que fizemos nas quase 48 horas que passamos numa das mais famosas ilhas gregas: Mykonos, que tem apenas 86 km² de área e pouco mais de 6.000 habitantes, mas que na alta temporada chega a abrigar 100.000 turistas.
Localizada a 180 quilômetros da capital grega, para se chegar a ilha você tem basicamente duas opções: avião ou barco. Na alta temporada, que vai de junho a agosto, há uma farta disponibilidade de voos para a ilha (a duração do voo é de 40 minutos), porém no restante do ano são basicamente voos apenas de Atenas que chegam lá, e como a demanda diminui, o preço aumenta bastante.
Desta forma a melhor opção para se chegar lá fora de temporada são os ferry-boats que saem dos portos de Rafina e Piraeus (principalmente deste), ambos situados em Atenas. A viagem pode levar de três a cinco horas, dependendo de qual barco escolher. Optamos pelo enorme ferry-boat da Blue Star Ferries, que faz o trajeto em pouco menos de cinco horas, com algumas paradas no caminho. Já dentro do barco tivemos a oportunidade de ver o sol nascer, visto que o embarque foi antes das 7 e meia da manhã:
As passagens podem ser compradas previamente pela Internet, no site da companhia. Com o comprovante da compra em mãos, você procura o escritório da Blue Star Ferries e troca pelo ticket oficial. Existem bilhetes promocionais (Special Economy) com tiragem limitada que são vendidos somente pela Internet, e tivemos a sorte de consegui-los (o valor pago foi €28,50 por pessoa). A passagem mais cara pode sair até por €59,50.
Com a passagem nas mãos, você embarca e logo deixa as bagagens mais pesadas numa espécie de depósito no primeiro andar do ferry, e então sobe para os andares superiores, dependendo de qual é a sua classe. Mesmo na classe econômica, as poltronas são bastante confortáveis e ainda há um pequeno bar disponÃvel para compra de bebidas e comidas.
No trajeto entre Atenas e Mykonos é possÃvel tirar belas fotos nas duas cidades onde há paradas: Syros e Tinos.
Chegamos em Mykonos exatamente no horário previsto (13h15), e para chegar do porto a Chora, o centro da ilha e onde estão localizados a maioria das lojas, restaurantes e alguns hotéis, você tem algumas opções:
- ônibus da companhia KTEL (infelizmente os horários não estão disponÃveis no site);
- táxi (na alta temporada tarefa praticamente impossÃvel, pois existem somente 31 táxis na ilha);
- combinar com a locadora de carros que deixe o seu carro no porto;
- ou então acertar o transfer com o alguém de seu hotel/apartamento (uma boa parte deles oferece gratuitamente)
No nosso caso, a própria dona dos apartamentos veio nos buscar, e em menos de quinze minutos já estávamos acomodados no nosso apartamento (maiores detalhes num post especÃfico). Durante o caminho ela nos contou alguns interessantes detalhes da ilha, como por exemplo o fato de que você não pode construir nada lá que não seja pintado de branco por fora, pois caso contrário correrá o risco do governo demolir a sua obra.
Outra informação importante que ela nos deu foi de que na alta temporada você dificilmente encontrará hospedagens para casais por menos de absurdos €100 a diária (para se ter uma idéia pagamos €50 na diária de um apartamento para três pessoas). E o trajeto entre o porto e Chora, que para nós levou menos de dez minutos, pode chegar a mais de duas horas na alta temporada.
Como já comentado no inÃcio do post, a ilha não é muito grande. Porém caso você queira conhecer as praias da ilha você dificilmente escapará do aluguel de um carro (há ônibus que vão para algumas praias da ilha, porém na baixa temporada a oferta é bem menor). Como terÃamos o dia seguinte cheio na ilha, deixamos o carro para o dia seguinte, e neste primeiro dia apenas caminhamos até Chora (nosso apartamento ficava a mais ou menos 15 minutos de caminhada de lá).
Por ser um local tão badalado, o preço nos restaurantes segue a badalação e com certeza foi o mais caro que vimos nestes quase vinte dias em solos europeus. Já sabÃamos destes valores inflacionados, e por este motivo alugamos um apartamento com cozinha completa, porém logo após a nossa chegada não escapamos de almoçar num restaurante ali perto (de certa forma longe do centro), onde pagamos €10 por um prato de macarrão à carbonara:
No trajeto entre o nosso apartamento e o centro aproveitamos para tirar algumas fotos, porém o templo nublado prejudicou um pouco:
Chora, o coração da ilha, é repleto de ruelas onde carros não passam, onde há diversas lojas vendendo em sua maioria souvenirs, mas também há lojas de grifes internacionais por lá:
Um dos pontos mais conhecidos da ilha é a Little Venice, que pela tradução literal seria mais ou menos algo como “Pequena Veneza” (com todo o respeito, um pouco forçado, né?).
De frente à Little Venice, está o famoso conjunto de moinhos VonÃs, cartão postal da ilha e presente em praticamente todas as lembrancinhas à venda por lá.
A nossa primeira tarde/noite em Mykonos se resumiu à essa caminhada. Como no dia seguinte passarÃamos o dia inteiro com o carro explorando a ilha, resolvemos voltar para o apartamento e descansar. No caminho passamos no mercado e compramos diversos itens para garantir as próximas refeições no próprio apartamento.
No dia seguinte, tomamos café e aguardamos o nosso carro chegar: a própria proprietária dos apartamentos nos arrumou o aluguel por €35 a diária, e às 09h da manhã o simpático rapaz da companhia de aluguel estava no nosso apartamento com um Polo.
Com dezenas de praias em seu território, tentamos visitar uma boa parte delas já que terÃamos o dia todo para andar na ilha. O mapa abaixo contém 26 delas:
Diferentemente do que estamos acostumados a vivenciar aqui no Brasil, a maioria das praias mais badaladas de Mykonos nada mais são do que apenas um anexo de baladas e restaurantes, e não tão “públicas” quanto à s nossas. Provavelmente você deixará o carro num estacionamento destes restaurantes e baladas, porém como fomos fora da temporada não tivemos problemas quanto à isso, pois 100% das praias estavam praticamente desertas e com os estabelecimentos fechados. Em alguns blogs lemos relatos que o aluguel de uma simples espreguiçadeira pode chegar a custar €10 nestas praias na alta temporada.
Como era baixa temporada e as praias não tinham muito a oferecer, nossas visitas às praias foram rápidas, basicamente para tirar fotos. A primeira parada foi na praia de Paranga:
Em seguida fomos para as praias mais próximas de nosso apartamento, que são a Paradise Beach e a Super Paradise Beach. As duas são bastante badaladas em alta temporada, inclusive na segunda ainda tinha um daqueles painéis onde são tiradas fotos pré-balada:
Paradise Beach
Nossa próxima parada foi na praia de Agrari, uma das praias com maior extensão:
Em seguida as praias de Kalo Livadi e Kalafati:
Kalo Livadi Beach
Kalafati Beach
No caminho entre as praias fica o maior vilarejo da ilha: Ano Mera, onde também estão localizados a igreja de Panagia Tourliani e o Monastério de Paleokastro:
Antes de ir para as próximas praias, também paramos no lago Marathi para algumas fotos:
De lá fomos para o norte na Ilha, onde tiramos fotos nas praias de Panormos e Agios Sostis:
A próxima parada foi no extremo noroeste da ilha, onde fica localizado o Farol da ilha. Destaque para a bela vista que temos lá do alto:
O caminho do farol até o centro da ilha é um passeio extremamente agradável, onde você passa por uma uma rodovia à beira do mar e aprecia as paisagens como se não houvesse amanhã:
Bem próximo à  Chora há uma espécie de estacionamento com diversas vagas e onde você poderá passar um tempo com os pés no mar numa escada ali presente:
Já passavam das 17 horas e então voltamos para o nosso apartamento para logo depois sair e tentar pegar o pôr do sol da ilha, porém como vocês poderão notar nas fotos abaixo o máximo que conseguimos foram fotos com o céu mais azul nos moinhos de vento:
Nos despedimos de Mykonos no dia seguinte logo pela manhã: devolvemos o carro alugado no aeroporto e pegamos o avião rumo a Istambul. Ficamos pouco menos de dois dias completos na ilha, mas com certeza existem atividades para no mÃnimo três dias completos, sobretudo na alta temporada. Porém é claro que ir para lá nessa época tem seus agravantes, sobretudo o valor que você irá gastar para sobreviver por lá.
Mas com certeza recomendamos a ilha, pois ela é linda em todos os aspectos: dezenas de praias, as simpáticas casas brancas combinadas com diversas cores (na maioria azuis), o centro com suas lojas e restaurantes e muito mais em apenas 86km²!!
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