Olá pessoal,
No último domingo pernoitamos em Curitiba e na segunda pela manhã resolvemos dar uma volta na pitoresca Colônia Witmarsum, localizado na cidade de Palmeira, distante cerca de 65 quilômetros do centro da capital paranaense.
O caminho até a Colônia já é um destaque a parte, principalmente quando estiver próximo da chegada: grandes árvores dos dois lados das pistas tornam o trajeto na rodovia um espetáculo a parte:
Estima-se que a Colônia possua cerca de 2 mil habitantes, a grande maioria em atividades relacionadas a agricultura ou então ao turismo (restaurante, lojas ou hotéis/pousadas). A Cooperativa de lá, principal responsável pela produção de leite e queijo, é constituída de 332 associados e 155 funcionários, e faturou mais de R$100 milhões em 2016.
A colônia surgiu na década de 1950, quando seus fundadores menonitas migraram da cidade catarinense também chama Witmarsum. Os menonitas são um grupo de denominações cristãs que descende diretamente do movimento anabatista que surgiu na Europa no século XVI. O nome deriva do teólogo frísio Menno Simmons, que articulou e formalizou os ensinos dos anabatistas suíços.
A maior igreja da Colônia fica na avenida principal, e tem bonitos canteiros recheados de flores que embelezam ainda mais o local:
A Colônia tem fortíssima influência germânica, e o alemão é falado praticamente por todos os habitantes de lá. A influência se vê também nas casas de lá, como vocês podem notar nas fotos que tiramos por lá. Embora grande parte das casas mais bonitas com jardins extremamente bem cuidados fiquem na avenida principal, é possível encontrar outras também muito bem conservadas nas ruas laterais.
Na área central de lá se encontra o único banco de lá (Sicredi), um supermercado (sem bandeira nenhuma) e um pequeno local de informações turísticas onde pode-se comprar também iguarias produzidas por lá, com destaque para os queijos, o leite (somente integral) e a cerveja artesanal (que começou a ser produzida somente em 2017).
Ao lado do ponto de informações turísticas fica o Museu, que abre somente em feriados e finais de semana (portanto não pegamos ele aberto). E logo ao lado há um grande gramado ideal para cansar um pouco as crianças.
Para almoçar, existem três opções por lá: o Bauernhaus, o Bela Vista e o Frutilhas Lowen. Este último é o único que abre diariamente, portanto acabou sendo nossa opção. O Baernhaus funciona no esquema de buffet livre com mais de 30 itens e cobra R$45 por pessoa, porém sucos e sobremesas estão inclusas. Já o Bela Vista trabalha somente com pratos a la carte, e o preço varia de R$80 a R$100.
O restaurante Frutilhas Lowen serve pratos a la carte, mas a opção mais escolhida é de um pequeno rodízio, que além de uma variada salada contempla os seguintes pratos que vem individualmente em cada mesa: frango caipira, risoto de frango caipira, pastéis cozidos recheados com ricota, bife a rolê, spätzle (espécie de macarrão originária da Alemanha) acompanhado de molho branco e arroz branco. O preço era R$38 por pessoa e você pode repetir quantas vezes quiser os pratos, mas nós sequer conseguimos dar conta da primeira remessa. Para beber fomos da cerveja artesanal da colônia (R$15 a garrafa de 600ml) e um suco mix de frutas (R$17 a jarra). A comida é bem caseira e bastante apetitosa, definitivamente recomendamos!
O Frutilhas Lowen é também muito recomendado para quem for com crianças, pois há diversos entretenimentos para os pequenos. Há uma área com balanços, um simpático trem de madeira e também é possível dar uma olhada nos animais que habitam ali próximo: vacas, cavalos, patos e ovelhas.
O restaurante também é especializado na produção de frutas vermelhas e verduras orgânicas, e é possível comprar estes itens para levar para casa (caso esteja na época). É possível também fazer um “colhe e pague” de morangos por R$15 o quilo, mas como não era época não tivemos esta oportunidade.
Há também na Colônia alguns pequenos comércios que comercializam em geral as especiarias fabricadas por lá. Na foto abaixo um deles:
Para a tarde há a opção de café colonial. As três opções são a Confeitaria Kliewer, Sabores da Colônia e Edit’s Kaffe Hof, mas nenhum deles abre na segunda (a Kliewer abre a partir de terça e os demais somente final de semana). Como já estávamos satisfeitos do almoço e com mais de 200 quilômetros para rodar para chegar até em casa, de qualquer forma não iríamos ficar para o café.
Existe também a opção de passeios a cavalo e passeios a trator, mas todos funcionam somente no final de semana. Segundo o blog Matraqueando, a cavalgada custa R$25 por pessoa e o passeio de trator, que termina num rio onde é possível tomar banho, também sai pelos mesmos R$25.
HOSPEDAGEM
Caso queira aproveitar e ficar uma ou mais noites por lá, são três opções de hospedagem, todas muito bem explanadas no blog Matraqueando, sugerimos a leitura lá, visto que não temos como avaliar nenhum deles.
RESUMO
Na nossa opinião é possível passear por lá e fazer tudo que a Colônia oferece num único dia, porém dependendo de onde você vier, a viagem de bate e volta pode se tornar cansativa e o ideal seria então pelo menos pagar por uma noite de hospedagem por lá. Chegamos por lá em torno das 10h30 e saímos próximo das 15h.