Olá pessoal,
Vamos tentar intercalar entre os posts das cidades que visitamos na Ãfrica do Sul com posts mais informativos e relacionados a assuntos diversos. O post de hoje pretende falar um pouco mais sobre a questão do trânsito no paÃs. E é claro, uma das questões que mais gera dúvida é com certeza em relação ao trânsito na Ãfrica do Sul, sobretudo a temida mão inglesa. Como andamos de carro por lá durante 20 dias, acho que estamos mais do que propensos a dar algumas dicas e falar um pouco mais dessa experiência no mÃnimo diferente.
MÃO INGLESA
Com certeza a principal dificuldade e diferença entre o trânsito aqui no Brasil e o da Ãfrica do Sul é a mão inglesa, onde o volante do carro fica do lado direito do veÃculo e a sua pista sempre será a da esquerda. Uma questão que levantou certa dúvida de nossa parte era se os pedais do veÃculo (embreagem, freio e acelerador) também eram invertidos, o que complicaria ainda mais a adaptação, mas essa inversão felizmente não ocorre.
Não tivemos maiores problemas quanto a mão inglesa, confesso que no inÃcio é meio confuso e seu cerébro “trabalha muito mais” do que o normal. Mas já nos primeiros minutos você pega o jeito e já se vira do jeito que dá. Porém lá pelo décimo dia com carro alugado, acabamos entrando numa via na contramão, numa combinação de desatenção + bloqueio do cérebro. Mas para nossa sorte era uma pista com acostamento, apenas encostamos e já voltamos à mão correta.
ANIMAIS NA PISTA
Por ser um paÃs de largas dimensões, passamos por tudo: áreas mais áridas, regiões com mais vegetação, estradas litorâneas. E achamos bastante incomum as placas de animais atravessando a pista, como vocês poderão ver nos registros que fizemos abaixo.
O que mais encontramos em beiras de estrada foram muitos macacos, e logo no segundo ou terceiro dia da viagem nos deparamos com um enorme babuÃno atravessando a rodovia na nossa frente e tivemos que reduzir.
Em outro ponto da viagem, havia uma reserva privada ao lado da estrada onde pudemos avistar inclusive girafas!
CAMARADAGEM DOS CAMINHONEIROS
Outro ponto bastante interessante e que nos surpreendeu positivamente foi a incrÃvel camaradagem dos caminhoneiros sul-africanos, que na primeira oportunidade te avisavam se era possÃvel ou não a ultrapassagem ou então usavam a “yellow lane” da rodovia para dar passagem. A “yellow lane” nada mais é do que uma espécie de acostamento/pista extra que está no mesmo nÃvel da pista principal, como vocês podem ver na foto abaixo.
CARONA
Outro ponto bastante diferente de nossa realidade aqui no Brasil, é a quantidade de pessoas pedindo carona a beira da estrada, principalmente nas saÃdas das cidades. Geralmente o indivÃduo estava com uma nota de 5, 10 ou 20 rands e fazia o tradicional sinal do “joinha”. Por conta disso, inclusive, em pontos com pouco acostamento haviam placas sinalizando que era proibido permitir carona ali, provavelmente por conta do perigo em um pedestre ficar por ali.
PONTOS DE DESCANSO/POSTOS DE GASOLINA
Diferentemente do que acontece nas rodovias brasileiras, onde há praticamente um posto a cada 5 ou 10 quilômetros, na Ãfrica do Sul geralmente os postos de gasolina estão localizados próximos a cidades (que não são muitas) que estão no caminho da rodovia ou em pontos estratégicos. Até por conta disso, há diversas áreas de “descanso”, geralmente apenas de um lado da pista, onde em algumas há mesas e bancos para que o motorista e os passageiros descansem um pouco ou então parem apenas para comer alguma coisa. Estes pontos de descanso são indicados por uma árvore nas placas de sinalização.
Placa indicando área de descanso/lanche. Fonte: Google
O OUTRO LADO DA (NÃO) CAMARADAGEM AFRICANA
Na ida a Table Mountain, você acaba estacionando seu carro na ladeira que chega até a base da montanha, onde tem alguns guardadores de carro. Até aÃ, tudo bem. Porém nosso carro alugado não desligava a luz automaticamente quando desligava o motor, e por uma falta de atenção tremenda, acabamos deixando a luz do carro ligado. Como o passeio leva horas, quando voltamos para o carro o mesmo não ligava mais, pois a bateria havia descarregado.
Pedimos então ajuda ao guardador de carros, que prontamente chamou um taxista para nos ajudar. Este taxista não tinha o equipamento e então quase meia hora depois, chegou um segundo taxista. Feita a ligação entre as baterias dos carros e o nosso automóvel voltou a ligar. Como é de praxe aqui no Brasil, resolvi perguntar quanto que eu devia para o taxista, e então fui surpreendido com uma resposta nada camarada. Segue o diálogo que se seguiu:
Taxista: São 400 rands senhor (mais de R$130)
Fábio: 400 rands? Tudo isso por apenas 5 minutos de ajuda?
Taxista: Veja o trabalho que eu tive, tive que chamar um segundo taxista para me ajudar. Vamos lá.
Fábio: Não tenho todo esse dinheiro aqui comigo.
Taxista: OK então, 300 rands (cerca de R$100).
Tentei insistir para ele baixar o preço, inclusive fazendo um jogo emotivo com a presença do Bernardo, mas nada fez com que ele fosse atingido. Pagamos os 300 rands e seguimos viagem.
RESUMO
Em linhas gerais, dirigir na Ãfrica do Sul não tem nenhum segredo. Depois que você pega o jeito com a mão inglesa, lhe resta aproveitar a viagem e se maravilhar com as paisagens, uma mais linda que a outra, que você encontrará no caminho. Enjoy the ride!
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